Solidão é mais forte aos 20 anos e menor após os 60, diz estudo
Estresse, pressão profissional e necessidade de encontrar um parceiro fazem com que os mais novos se sintam mais isolados, segundo cientistas
A solidão pode ser considerada uma questão de saúde pública prevalente, com impactos no bem-estar e na longevidade. Um estudo da universidade norte-americana Florida State University College of Medicine, publicado em 2017, mostrou que a solidão pode aumentar em 40% o risco de demência, além de tornar a pessoa isolada mais vulnerável a doenças neurodegenerativas, como depressão, hipertensão e diabetes. Já pesquisadores da Universidade de Chicago alertaram, em 2018, que a falta de experiências sociais pode ser tão nociva quanto o cigarro. O tema tem gerado tamanha preocupação nos últimos anos, ao ponto de o governo britânico criar um gabinete especialmente voltado a estratégias para enfrentar o problema.
Agora, cientistas da Universidade da Califórnia em San Diego, nos Estados Unidos, afirmam que a solidão seria mais intensa entre os jovens. Segundo o estudo, lançado neste mês pelo The Journal of Clinical Psychiatry, entre os 20 e 29 anos, a solidão atinge o seu pico durante a vida. Por outro lado, após os 60 anos é que as pessoas se sentem menos atingidas por ela.
As conclusões vieram de uma análise com mais de 2.800 participantes, todos norte-americanos, com idade entre 20 e 69 anos. Nela, os pesquisadores identificaram os fatores psicológicos e sociais que levam a padrões de solidão em diferentes faixas etárias. Em seguida, encontraram uma série de preditores de solidão ao longo da vida.
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